Presidente Renan Chieppe participa de reunião para discutir saídas para a crise do setor
Definir um novo marco regulatório para o transporte público de passageiros – urbano e rodoviário. Este é, segundo compreensão das entidades do setor de transportes, a saída para garantir uma nova vida ao transporte de passageiros por ônibus no País, hoje sob risco certo de colapso. Ao mesmo tempo, no âmbito do transporte urbano e intermunicipal com característica urbana, lutar por auxílio emergencial para as empresas operadoras é a solução imediata para evitar que o sistema não sofra uma desarticulação, o que seria letal para qualquer cenário futuro de médio e longo e prazo. De março a junho, o déficit no segmento somou 3,72 bilhões, com previsão de outros 5 bilhões de julho a dezembro, em virtude da queda abrupta da receita devido à redução da demanda.
Esses foram dois dos assuntos debatidos na segunda-feira, 20 de julho, numa reunião online, realizada sob a coordenação da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), para discutir saídas para a crise que afeta o setor. Presidente do Grupo Águia Branca e representante do presidente da Abrati (Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros), Eduardo Tude, Renan Chieppe foi um dos convidados do encontro, junto com dirigentes da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos), Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Fabus (Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus) e BR Distribuidora, dentre outras entidades.
Além da crise do transporte urbano, discutiu-se ainda a situação do transporte rodoviário, interestadual e intermunicipal. A queda de demanda neste segmento chegou a 80%, segundo a Abrati, e estima-se que no fim no ano ainda será de 50%. O reflexo da crise se estendeu também ao fornecimento de combustível para o transporte de passageiros, com queda de 60% na distribuição, segundo a BR Distribuidora, como também na comercialização de ônibus, com queda de até 40%, segundo os presidentes da Anfavea, Luís Carlos Moraes, e da Fabus, Rubens Bisi.
A necessidade de se encontrar uma saída emergencial foi destacada por todos os convidados, mas eles também destacaram que esta só fará sentido e terá consequência se houver uma alteração na forma como o transporte de passageiros é visto hoje no País.
Fonte: Diário do Transporte e ANTP