ES no centro da discussão da proteção das aves
Outubro é o mês das aves e a Reserva Ambiental Águia Branca está recebendo o 2º Ciclo do PAN Aves da Mata Atlântica. Até sexta-feira, 6, especialistas de todo o Brasil estão reunidos para discutir o presente e o futuro da conservação de 114 espécies da Mata Atlânticaameaçadas de extinção. A programação reúne representantes de 11 instituições (universidades, instituições de pesquisa, órgãos ambientais e ONGs) que compõem o Grupo de Assessoramento Técnico deste PAN evão estabelecer as metas para esse novo ciclo (2023 – 2028). A reunião técnica que culminará na publicação da portaria do novo ciclo do PAN Aves da Mata Atlântica vai acontecer nesta quinta, 5, quando se comemora oDia das Aves.
O PAN Aves da Mata Atlântica é uma das estratégias adotada pelo governo brasileiro na tentativa de recuperar espécies da extinção. Consiste em um planejamento participativo, para o ordenamento e a priorização de ações para a conservação da biodiversidade e seus ambientes naturais, com um objetivo estabelecido em um horizonte temporal definido.
E por que ele é considerado tão importante? Vamos aos números e explicação! A Mata Atlântica está espalhada por 17 estados brasileiros, sendo, assim, o “lar” de mais de 72% da população nacional. Além disso, é o segundo bioma que mais abriga variedade de formas de vidaeconcentra um imenso número de espécies endêmicas. Das 20 mil plantas da Mata Atlântica, mais de oito mil são exclusivas do bioma, porém grande parte delas está ameaçada de extinção.
A fauna da Mata Atlântica não fica para trás em termos de variedade. São mais de duas mil espécies de animais vertebrados. Para se ter uma ideia da grandiosidade deste número, em todo o continente europeu, esse número é de apenas 1.800 espécies. Destes dois mil animais, são quase 900 espécies de aves. No entanto, 45% delas já apresentam algum nível de risco de desaparecer.
“A Reserva não está sendo apenas o ambiente de discussões deste ciclo do PAN, ela é uma das instituições parceiras neste esforço, um importante movimento que envolve toda a região onde tem Mata Atlântica. Também estamos orgulhosos pelo Espírito Santo ter sido escolhido o Estado que está no centro da discussão e, consequentemente, pela publicação da portaria do novo ciclo se dar aqui. Essa escolha denota a relevância do trabalho que estamos desenvolvendo enquanto unidade de conservação”, destaca a Head de Sustentabilidade do Grupo Águia Branca, Adriana Denadai.