VIX desenvolve 1º veículo autônomo brasileiro
Uma nova frente de atuação da VIX Logística promete expandir as operações de movimentação e transporte de cargas. Trata-se do VIVA - VIX Veículo Autônomos, uma nova linha de negócios da empresa, que traz o “Galileu”, primeiro veículo brasileiro autônomo cujo objetivo é tracionar cargas de altos volumes. O Galileu possui nível 4 de automação, o mais próximo da robotização total e funciona com comandos e limites previamente definidos para a movimentação de cargas de volume acima de 80 toneladas em ambientes industriais.
O conceito de Indústria 4.0 começa a se popularizar e a ganhar força mundialmente como um novo modelo que funde os mundos real e virtual. Baseado no intenso uso da digitalização e da robotização de processos, o Galileu é focado na automação de operações logísticas e irá atender todos os segmentos que a VIX Logística já atua, como siderurgia, florestal, papel e celulose, mineração, óleo e gás, setor automotivo, agronegócio dentre outros, com visão estratégica de futuro para expansão de novos negócios.
“Com o Galileu será possível reduzir custos operacionais e fazer otimizações de recursos. Vamos oferecer aos clientes solução completa com o máximo de eficiência, pois a nova frente de atuação combina inovação e tecnologia numa iniciativa pioneira de automação de veículos e equipamentos para operações logísticas internas em circuitos fechados, elevando os padrões de segurança eliminando tarefas repetitivas e exposição do homem ao risco”, define Elias Alves, diretor da VIX. A solução prevê aumento de produtividade, controle sobre a operação e integração entre as atividades industriais e as operações logísticas internas das plantas industriais através de software de gestão dos recursos e conexão com a ferramenta de controle de demanda do cliente.
À disposição do mercado
A VIX Logística coloca à disposição do mercado veículos autônomos que farão, por exemplo, a movimentação interna de madeira ou celulose, o tracionamento de reboques e a movimentação de placas e bobinas de aço. Com a nova tecnologia será possível também atuar em qualquer centro de distribuição, armazenagem e áreas de mineração, dentre outras possibilidades de atividades.
Dentre os equipamentos que podem receber tal tecnologia estão tratores e seus implementos de tracionamento, empilhadeiras, caminhões, escavadeiras, manipuladores de madeira e de sucata. “Além desses equipamentos, atividades e setores, a automação abre um novo mundo de oportunidades para as empresas na gestão do seu negócio sob diversos aspectos, e a VIX Logística, ao lançar o VIVA, está dando o primeiro passo para se tornar pioneira no setor a oferecer esta tecnologia para o mercado nacional”, relata Patrícia Chieppe, CEO da VIX Logística.
Patrícia explica que o objetivo da empresa sempre foi trazer as melhores soluções logísticas para o mercado. “Com o VIVA iniciamos uma nova vertical de negócios, envolvendo nossas frentes de automatização e digitalização, não somente de equipamentos, mas também envolvendo integração para toda a infraestrutura e processos em operações logísticas", explica. Ainda segundo a executiva, um dos principais destaques do VIVA é sua capacidade de customização de acordo com a necessidade de cada cliente.
Entenda o funcionamento do equipamento autônomo
Os veículos autônomos utilizam computadores, receptores de GPS, dispositivos de rede wireless com acesso a sensores localizados no próprio veículo, acesso à internet e ferramentas de georreferenciamento. Além disso, o Big Data por trás da movimentação desses veículos vai além dos dados gerados pelo próprio equipamento, pois o espaço físico ao redor também produz dados sobre os lugares por onde ele se desloca.
O uso de veículos autônomos traz diversos benefícios. As operações são mais precisas, padronizadas, com recursos acionados de acordo com a demanda, com maior controle e produtividade. Os veículos teriam menos chances de se envolver em acidentes, já que não há motoristas afetados pela fadiga envolvidos no processo, com isso, a automação permite operações mais seguras. A iniciativa também prevê redução de consumo de combustível, custos com manutenção e redução dos tempos de paradas, como por exemplo: troca de turno, alimentação e necessidades fisiológicas dos operadores. Por sua vez, essa mão de obra poderá ser aproveitada para melhorias das condições de percurso dos equipamentos e gestão dos fluxos através dos softwares de controle.
O Galileu
Ao perceber que havia demanda voltada para automatização e robotização para equipamentos de movimentação de carga, o VIVA criou o Galileu, sua primeira unidade autônoma. O veículo funciona a partir de comandos e limites previamente definidos, com o objetivo de tracionar cargas de altos volumes. Algumas das atividades possíveis para o Galileu são tracionamento de reboques com placas e bobinas de aço, celulose e madeira. O veículo possui nível de automação 4, que é o mais próximo da robotização total. Sendo assim, o veículo entrega uma autonomização completa, com total segurança, dentro de um circuito fechado.
Vale ressaltar a criação do Espaço VIVA, localizado na Matriz da VIX Logística, em Vitória/ES. Segundo Patrícia Chieppe, a VIX está criando um espaço de exposição e demonstração do Galileu em uma área interna simulando seu uso. A expectativa é de que clientes, imprensa e outros interessados possam visitar o Galileu e conhecer, na prática, detalhes do seu funcionamento em ambiente real com todas as interferências possíveis, sejam elas por trânsito de outros veículos e pessoas, permitindo visualizar o nível de segurança que a solução oferece.
O Galileu não se limita à condução por GPS e tem outras funcionalidades que garantem a navegação sem risco de haver perda de rota. O veículo possui vários sistemas de segurança redundantes, além de um dispositivo físico instalado ao redor do veículo que, ao ser acionado, faz com que o modo de segurança entre em ação. Sensores especialmente desenvolvidos para esta aplicação realizam a leitura da infraestrutura onde o equipamento opera, validam o posicionamento, lendo o trajeto, e identificam o posicionamento do equipamento, de forma a reduzir a possibilidade de desvios.
O equipamento é configurado para receber as diretrizes através de um notebook, tablet ou celular, onde é possível conferir, em tempo real, o posicionamento do equipamento ao longo da rota, se está navegando corretamente, se detectou algum obstáculo pelos scanners, dentre outras funcionalidades. Dispõe de recursos que prezam, primeiramente, pela segurança do equipamento, do ambiente e das pessoas que circulam próximo ao local onde opera. Tudo isso através de scanners a laser (Lidar), que monitoram e reportam para o sistema de controle a necessidade de parada e operam, em redundância, monitorando a frente e as laterais do equipamento, varrendo o plano de forma horizontal e também verticalmente.
Destaques VIVA e Galileu
- Sistema Supervisório:
Dispõem de recurso visual para interação e acompanhamento do equipamento de forma rápida e simples, podendo ser instalado em celular, tablet ou notebook de acordo com a robustez da solução implementada. Há também a possibilidade de integração em sala de controle de operações.
- Flexibilidade e facilidade de customização:
Desde sua concepção, o conceito de desenvolvimento aplicado já prevê a capacidade de customização e aplicação de recursos tecnológicos complementares de acordo com o cenário onde o equipamento irá operar, levando em consideração a necessidades do cliente e os requisitos técnicos e operacionais.
- Capacidade de integração com o ambiente industrial:
O conceito visa permitir que os próprios eventos existentes no ambiente industrial realizem os inputs necessários para a execução das movimentações de forma lógica, cadenciada, com o mínimo possível de intervenções humanas, de forma otimizada e ininterrupta.
- Imputs de movimentação podem ser realizados / disparados, por eventos, na própria planta industrial:
Integração entre equipamentos móveis e eventos do ambiente onde o equipamento opera, buscando o sincronismo de forma enxuta, transparente e otimizada.
- Múltiplas possibilidades na forma de navegação/ orientação:
O equipamento permite a aplicação das mais diversas formas de comunicação e sensoriamentos, para o controle de seu deslocamento, de forma segura e eficiente.
Alguns números relacionados ao desenvolvimento do Galileu
- Componentes mecânicos aplicados e desenvolvidos de forma customizada e instalados no equipamento: 1.556 componentes mecânicos.
- Sensores e dispositivos de segurança instalados: São 9 sensores de locomoção e movimentação, sendo 6 sensores de segurança.
- Sinais monitorados simultaneamente: Sinais de segurança com redundância incluindo acionamentos de emergência e scanners, dão um total de 11 sinais monitorados simultaneamente.
- Módulos identificados e mapeados: Total de 7 módulos identificados, sendo os principais para funcionamento do equipamento, porém, 4 são utilizados na automação.
Mais informações sobre o VIVA e o Galileu estão disponíveis nas redes sociais da VIX e no site www.vix.com.br.