Desenvolvendo o time do futuro
Este é um texto sobre sonho e realidade. Mais precisamente sobre um sonho que se tornou realidade. Quando assumiu a presidência do Grupo Águia Branca, em janeiro de 2019, Renan Chieppe já falava da vontade de desenvolver um programa de capacitação voltado para pessoas. Em março de 2020 veio a pandemia da Covid-19. Diante do cenário de incertezas e da necessidade de mudanças, os executivos pararam para pensar o futuro da empresa a longo prazo. Deste movimento surgiu, ano passado, a Reflexão Estratégica 2025. E dela nasceu um programa de desenvolvimento de pessoas conectada com o novo momento e com os novos objetivos traçados. O MBA em Gestão de Negócios do Grupo teve sua aula inaugural na quarta-feira, 23 de março, na Fucape, parceira do Grupo nessa jornada.
A aula inaugural, uma Roda de Conversa coordenada pelo professor Bruno Félix, que ministrou o Módulo 1, sobre Cultura Organizacional, contou com a presença do presidente, Renan Chieppe (que é também vice-presidente do Grupo da Divisão Passageiros), dos vice-presidentes Decio Chieppe (de Inovação e Finanças), Kaumer Chieppe (Divisão Logística) e Riguel Chieppe (Divisão Comércio), dos diretores-executivos das empresas – Paula Corrêa (Passageiros), Patrícia Poubel Chieppe (Logística) e Marcelo Tinti (Comércio) –, de executivos da alta gestão e do acionista Luiz Wagner Chieppe.
A turma piloto é formada por 35 alunos, todos gestores e líderes das três Divisões de Negócios e da Holding. O curso termina em março do ano que vem, totalizando 432 horas. Apesar de ter recebido o nome de MBA em Gestão de Negócios, sua ementa foi personalizada para a realidade do Grupo, levando em consideração desde a preocupação na disseminação e fortalecimento da cultura organizacional até o foco específico em gestão de pessoas, passando, ainda, por estratégica, inovação, finanças e logística. Ou seja, um conteúdo que vai permear os pilares e negócios da empresa.
Renan Chieppe aproveitou o início da aula inaugural para falar da importância do programa e das pessoas escolhidas para integrarem a turma. “Temos uma história bem sucedida na formação de pessoas, nossos fundadores fizeram um trabalho brilhante. Mas precisamos fortalecer essa história. Somos uma empresa de 75 anos que caminha para o futuro e o futuro é feito de pessoas”.
O Grupo possui três pilares estratégicos – pessoas, inovação e estratégia – e o presidente defende a necessidade de convergi-los através da estratégia, pois em sua avaliação, apesar da pegada inovadora já iniciada “e dando frutos”, segundo ele próprio, na gestão de seu antecessor, Decio Chieppe, “não adianta trabalhar pessoas sem uma orientação clara”. Foi desta certeza que veio a Reflexão Estratégica e o MBA.
“Desde que assumi a presidência entendia que precisávamos deixar um legado mais estruturado, afinal é nossa responsabilidade desenvolver o time do futuro”, argumenta Chieppe, destacando a participação efetiva dos diretores-executivos das Divisões – Paula Corrêa, Patrícia Poubel Chieppe e Marcelo Tinti – além do Diretor de Governança, Jurídico e Tributário do Grupo, Ricardo Vaze, e fazendo uma menção especial a Tinti, um dos formuladores iniciais do projeto que o Grupo abraçou.
Coordenador do MBA, professor da Fucape e consultor, Talles Brugni avalia a decisão do Grupo não apenas como acertada. Em sua opinião, ela também reflete o perfil da gestão, na medida em que se enxerga o futuro sendo moldado pelas escolhas do presente.
“Como professor, digo que a educação continuada é condição sine qua non para manter o nível de competitividade adequado para sobrevivência e desenvolvimento contínuo de qualquer negócio. E como consultor, afirmo que não existe inovação sem reciclagem de conhecimento. E aqui entra outro diferencial: estamos falando de um curso customizado e presencial, com objetivo de olhar para dentro da empresa, e não apenas para o que a literatura aponta. Em um mundo pós-pandemia, ainda que as relações estejam eventualmente limitadas, o curso presencial se torna essencial para que as trocas ocorram, além de permitir interações customizadas às necessidades da companhia”, avalia.